Coordenador: Rui de Moraes Júnior

Descrição: Vieses raciais podem ser formados em processos psicológicos básicos, os quais provêem uma lente para subsequentes processos psicológicos complexos: formação de estereótipos, atitudes e comportamentos discriminatórios. Este tema de pesquisa investiga como a percepção e a cognição visual codificam a informação racial. Atualmente tentamos responder a duas questões: (i) como pistas visuais de status socioeconômico modulam a percepção de raça e (ii) quais fatores sociais e psicológicos estão associados a vieses na percepção de raça. Utilizamos como estímulo visual a face humana. Dada a sofisticação social dos seres humanos e a complexidade da face, o sistema visual humano evoluiu como um classificador de padrões tão eficiente quanto preciso, particularmente para informações sociais. Utilizamos literatura multidisciplinar e contextualizada ao cenário brasileiro para propor estudos experimentais (presencial e online). Para isso, nos valemos principalmente da abordagem psicofísica e de paradigmas comportamentais de processos afetivos implícitos. Além dos estudos experimentais, está planejada (i) a construção e validação de um banco de imagens de conteúdo de status socioeconômico e (ii) análises de estereótipos de pessoas negras em bancos de imagens gratuitos da internet. Apesar da questão racial ser amplamente estudada no Brasil, faltam estudos assentados dentro de um referencial da Psicologia Experimental e da Neurociência Cognitiva. Por fim, este tema de pesquisa guarda alto potencial para ações de inserção social ao: (i) instrumentalizar a sociedade sobre vieses raciais implícitos; (ii) fornecer dados à comunidade científica, agências de pesquisa e ONGs sobre percepção racial de amostras de diferentes estratos sociais da população brasileira; (iii) realizar checagem de estereótipos raciais em bancos de imagens e redes sociais; e (iv) gerar resultados com algo grau de consistência interna úteis para guiar políticas públicas afirmativas.

Palavras-chave: percepção racial; processos implícitos; status socioeconômico; psicologia experimental. 

Integrantes:
Rui de Moraes Jr. (Coordenador, Docente – PPG-CdC) 
Leonardo Gomes Bernardino (Docente – Universidade Federal de Uberlândia, UFU)
Rosana de Almeida Antunes (Mestrado – PPG-CdC)
Emilly Fátima Ferreira de Lima (Graduação – PIBIC – Instituto de Psicologia, UnB)

Coordenador: Rui de Moraes Júnior

Descrição: A literatura aponta evidências de que treinos cognitivos computadorizados com protocolos sistematizados podem melhorar funções cognitivas (e.g., atenção, memória, percepção, tomada de decisão, velocidade de processamento etc.). É prática recorrente a utilização de métodos e paradigmas clássicos da Psicologia Experimental em interfaces amigáveis, dinâmicas e desafiadoras. De modo particular, o uso de realidade virtual, além de aumentar a validade ecológica do treino (ao manter a perspectiva do indivíduo e fornecer um amplo campo visual), propicia pistas de profundidade binoculares (i.e., estereoscópicas) importantes para percepção e cognição espacial. O presente tema de pesquisa investiga o efeito de tarefas e jogos computadorizados em realidade virtual sobre aspectos da cognição humana em universitários, amostras clínicas e idosos saudáveis. Utilizamos e adaptamos treinos desenvolvidos pela Sensorial Sports (Ribeirão Preto – SP) para o contexto esportivo (voltados para performance de alto rendimento) para um contexto de reabilitação de funções mentais. Realizamos estudos experimentais do tipo “teste-intervenção-reteste” com uso de headsets de realidade virtual (adquiridos via Edital DPI/UnB). Além dos estudos experimentais e tendo em vista a velocidade da evolução da área, também investigamos o efeito de treinamento cognitivo por meio de revisão de literatura. Este tema de pesquisa permite uma prática translacional em que a pesquisa básica desenvolvida pela Psicologia Experimental e a Neurociência Cognitiva é aplicada a diversos contextos e populações visando o desenvolvimento cognitivo. Por isso, são esperadas diversas ações de inserção social decorrentes desta linha de investigação: (i) incentivo a empresa brasileira que desenvolve tecnologia & inovação em Psicologia; (ii) treinamento não só acadêmico, mas profissionalizante, em uma área de atuação emergente – a reabilitação neuropsicológica; (iii) potencial influência em protocolos de tratamento ao propor técnica não invasiva e economicamente acessível que pode promover manutenção ou melhora de funções cognitivas. 

Palavras-chave: treinamento cognitivo; realidade virtual; neuropsicologia; reabilitação.

Integrantes: 
Rui de Moraes Jr. (Coordenador, Docente – PPG-CdC)
Edimilson dos Santos Gonçalves (Mestrado – PPG-CdC)

Coordenadora: Maria Angela Guimarães Feitosa

Descrição: O projeto visa investigar, através de métodos comportamentais e eletrofisiológicos, as características dos processos sensoriais auditivos de pessoas em diferentes etapas do ciclo de vida com audição normal e alterada por patologias auditivas ou síndromes com componentes sensoriais. Mais especificamente está voltado para a caracterização de dificuldades de percepção de fala em crianças com alterações no neurodesenvolvimento, bem como caracterização da queixa clínica comum em idosos de ouvir, mas não compreender a fala de interlocutores, e suas implicações para qualidade de vida. Inclui a utilização de métodos comportamentais para a caracterização de habilidades de detecção, discriminação, julgamento de magnitude e reconhecimento de sons simples e complexos, e para o treinamento auditivo. Inclui também a utilização de métodos eletrofisiológicos para a avaliação da integridade e características de funcionamento do ouvido interno e sistema nervoso central auditivo, potencialmente relacionados às competências senso perceptivas. As pesquisas desenvolvidas têm implicações para a identificação da especificidade de confusão entre fonemas e grafemas no português brasileiro, para a atenção ao processamento auditivo de crianças com dislexia, e para a compreensão das dificuldades de compreensão de fala em idosos, oferecendo subsídios para a formação de profissionais que atuam com essas populações quer na educação formal quer em contextos clínicos de desenvolvimento de treinamentos para reabilitação da escuta.

Palavras chave: percepção auditiva; percepção de fala; transtornos do neurodesenvolvimento; envelhecimento sensorial.

Integrantes: 
Maria Angela Guimarães Feitosa (Coordenadora, Docente – PPG-CdC)

Coordenadora: Wânia Cristina de Souza 

Descrição: Este projeto de pesquisa propõe-se a estudar a relação entre os aspectos psicológicos e neuropsicológicos e condições clínicas como doenças neurodegenerativas e/ou transtornos de humor e ansiedade. Para tanto, conta não apenas com a participação de diferentes populações, como o uso de estratégias investigativas e metodológicas que contribuam para a elucidação das questões abordadas (por exemplo, EMDR, fMRI, estimulação transcraniana magnética, tecnologias e métodos de análise estatística modernos). Impactos do projeto podem ser observados na publicação de estudos com novas tecnologias como por exemplo a estimulação transcraniana magnética para tratamento de doenças como a depressão. 

Palavras-Chave: doenças Neurodegenerativas; aspectos neuropsicológicos; aspectos psicológicos; novas tecnologias. 

Integrantes: 
Wânia Cristina de Souza (Coordenadora, Docente – PPG-CdC) 
Matheus Fernando Felix Ribeiro (Doutorado – PPG-CdC)

Coordenadora: Wânia Cristina de Souza 

Descrição: Este projeto engloba aspectos comuns a percepção e cognição humana, investigando o reconhecimento de expressões emocionais em faces e sua relação com aspectos neuropsicológicos como a carga na memória operacional e atenção. Seus subprojetos buscam investigar a relação entre nuances específicas da percepção de faces, como o reconhecimento da identidade facial ou da emoção específica sendo expressa, e características neuropsicológicas, como o perfil atencional ou executivo dos participantes. Para a execução do projeto, utilizam-se instrumentos de medida como o eye-tracker e programas especialmente desenvolvidos para a coleta dos dados (requer-se conhecimento prévio em Matlab, PsychoPy, E-Prime). Impactos do projeto podem ser observados nos estudos que avança na utilização de tecnologias para o estudo de faces na comunicação em vários aspectos comportamentais, sociais e neuropsicológicos.

Palavras-chave: faces; percepção; cognição; novas tecnologias

Equipe: 
Wânia Cristina de Souza (Coordenadora, Docente – PPG-CdC)
Rafael Rodrigo da Silva (Mestrado – PPG-CdC)

Coordenadora: Goiara Mendonça Castillo

Descrição: A memória é um componente complexo do sistema cognitivo que nos permite reconhecer um rosto amigo ou um nunca antes visto, escrever, falar, saber “de cor” uma música ou um poema ou ainda reter informações em um novo contexto de aprendizagem. Enfim, é um sistema que nos dá a dimensão de nossa própria existência, pois, de outra forma, não teríamos um passado ou lembranças do que projetamos para o futuro, tampouco poderíamos facilmente entender o presente. A memória pode ser compreendida a partir de um conjunto de processos simbólicos que incluem a codificação, o armazenamento e a evocação, sendo a codificação o processo envolvido na criação de um registro ou código para a informação que pode ser então armazenada e, posteriormente, utilizada (evocação). Também pode-se considerar a memória quanto à duração (curto-prazo ou longo-prazo) ou ainda quanto ao tipo: explícita (declarativa) ou implícita (não declarativa). No campo da investigação sobre memória, fatores objetivos (e.g, idade, sexo do participante, tempo transcorrido entre estudo e teste, condições de codificação, etc.) e subjetivos (solidão, humor, etc.) tem sido considerados relevantes para compreender os processos de codificação, armazenamento e evocação da informação. Ainda assim, identifica-se uma lacuna de estudos que foquem em fatores objetivos e subjetivos em conjunto, principalmente na literatura nacional. O projeto intencionalmente amplo para abarcar diversos estudos sobre memória e já aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do ICH/UnB (Parecer Nº 988.985) _ tem como objetivo investigar a influência de variáveis objetivas e subjetivas no funcionamento da memória, com o intuito de: mapear o valor preditivo de determinados fatores na memória (e.g., efeitos da acessibilidade conceitual sobre julgamentos de probabilidade ou sobre a supergeneralizações de conceitos), desenvolver conhecimento aplicável (e.g., o papel da memória no contexto da psicologia do testemunho ocular), avaliar e desenvolver instrumentos psicométricos relacionados à memória, assim como testar intervenções que propiciem um melhor desempenho em tarefas de memória em populações clínicas ou de risco, a exemplo de estudos antes-depois sobre eventos traumáticos em mulheres que sofreram algum tipo de abuso. Os métodos presentes neste projeto incluem coleta de normas, julgamentos subjetivos, manipulações experimentais e quase-experimentais, estudos correlacionais, sem que se caracterizem riscos para os participantes. Serão utilizados paradigmas clássicos em estudos de memória, a exemplo de testes de reconhecimento e recordação, paradigmas que permitam avaliar a memória declarativa do tipo episódica ou para eventos (What/When/Where Episodic Memory Tasks), a ocorrência de Falsas Memórias (DRM Paradigm) entre outros, assim como escalas validadas em território nacional para medidas de autorreferência.

Palavras-chaves: sistemas e processos de memória; normatização de estímulos; escalas de autorreferências; relação entre variáveis.

Integrantes: 
Goiara de Mendonça Castilho (Coordenadora, Docente – PPG-CdC)
Danilo Ribeiro do Nascimento Aragão (Mestrado – PPG-CdC)
Jade Ramos de Araújo (Mestrado – PPG-CdC)
Matheus Fernando Félix Ribeiro (Doutorado – PPG-CdC) 

Coordenador: Luciano Grüdtner Buratto

Descrição: Pesquisas recentes têm demonstrado que a realização de testes ajuda não somente a avaliar o conteúdo estudado, mas também a recordar futuramente esse conteúdo e a realizar inferências a partir desse conteúdo. Dessa forma, testes podem ser usados como ferramentas não só de avaliação, mas também de ensino. O objetivo desse projeto é avaliar em que condições esse efeito de testagem (ou “efeito de prática de lembrar”) mostra-se mais eficaz em indivíduos saudáveis (e.g., crianças em idade escolar e jovens universitários) e em populações clínicas (e.g., pacientes com déficits de linguagem ou pacientes com doença de Alzheimer). O projeto busca responder tanto a questões de pesquisa básica (e.g., por que testes melhoram retenção?) quanto a questões de pesquisa aplicada (e.g., que tipos de testes em sala de aula podem aumentar o desempenho dos alunos?) por meio de métodos de psicologia cognitiva (e.g. modelagem matemática) e de neurociência cognitiva (e.g., estimulação transcraniana por corrente contínua durante a realização de testes). O projeto apresenta potencial de inserção social na prática clínica e educacional. Na clínica, a pesquisa é promissora devido ao baixo custo da intervenção de testagem e aos resultados iniciais positivos já observados em pacientes com déficits de nomeação (e.g., afasia anômica) e de memória (e.g., Alzheimer). Na prática educacional, o projeto apresenta potencial tendo em vista que respostas para as questões abordadas permitirão desenvolver técnicas de ensino e aprendizagem mais eficazes. 

Palavras chave: efeito de testagem; efeito de prática de lembrar; modelagem matemática; estimulação transcraniana por corrente contínua.

Integrantes: 
Luciano Grüdtner Buratto (Coordenador, Docente – PPG-CdC)
Carlos Eduardo Dantas da Costa Lage (Doutorado – PPG-CdC)
Marcos Felipe Rodrigues de Lima (Doutorado – PPG-CdC) 
Cláudia Ferreira Lima Sampaio (Mestrado – PPG-CdC)
Aleksandar Balinda (Graduação – Instituto de Psicologia, UnB)
Larissa Felipe Frizza Rossi (Graduação – Instituto de Psicologia, UnB)

Coordenador: Ricardo José de Moura

Descrição: O intenso avanço tecnológico observado nas últimas décadas tem colocado o conhecimento matemático em destaque cada vez maior. Evidências da importância que a sociedade atribui à matemática vêm de estudos mostrando uma relação estreita entre a competência nessa disciplina durante os anos escolares e sucesso profissional e status socioeconômico na vida adulta. A pesquisa sobre aprendizagem da matemática alcançou um progresso notável nas últimas décadas principalmente a partir de descobertas sobre o desenvolvimento das habilidades matemáticas e da investigação dos seus correlatos neurocognitivos. Atualmente, um dos principais focos dessa pesquisa está direcionado para a compreensão da relação que o desempenho na matemática mantém com variáveis cognitivas, emocionais e sócioeducacionais. O presente projeto tem os seguintes objetivos: i) investigar o desenvolvimento das representações numéricas simbólicas e não-simbólicas; ii) investigar como a aprendizagem da matemática é influenciada por processos cognitivos numéricos e não numéricos, como o processamento visuoespacial, a memória e a atenção; iii) investigar o curso e estabilidade dessas relações ao longo do desenvolvimento cognitivo; iv) investigar os possíveis preditores do desempenho na matemática e da ocorrência de transtornos de aprendizagem relacionados à matemática; v) Investigar como a relação entre desempenho na matemática e variáveis cognitivas é influenciada por variáveis socioeconômicas, como renda e escolaridade dos pais, e emocionais, como ansiedade em relação à matemática. Além das contribuições teórico-científicas, o projeto tem alta relevância e impacto social pois lida diretamente com a relação entre ciência cognitiva e educação. Além de produzir conhecimento com potencial para subsidiar práticas pedagógicas e políticas públicas voltadas para a educação, o projeto pode ainda contribuir para o desenvolvimento de instrumentos de medida.

Palavras-chaves: cognição numérica, desenvolvimento cognitivo; aprendizagem da matemática; discalculia do desenvolvimento.

Integrantes:
Ricardo Moura (Coordenador, Docente – PPG-CdC)
Daniel Ansari (Docente – Western-Ontario, Canadá)
Júlia Beatriz Lopes Silva (Docente – UFMG)
Gustavo Campelo Leopoldo (Mestrado – PPG-CdC)
Suzane Garcia (Mestrado – PPG-CdC)
Andressa Rios (Graduação – Instituto de Psicologia, UnB)
Lara Stéphane Perícoli Silva (Graduação – Instituto de Psicologia, UnB)
Tainara Castro Parreira (Graduação – Instituto de Psicologia, UnB) 

Coordenadora: Vânia Maria Moraes Ferreira

Descrição: A formação e capacitação profissional refletem na melhoria do desempenho na atuação de profissionais de saúde de diversos campos e da enfermagem. A busca por boas práticas e métodos inovadores através de pesquisas científicas, vem crescendo significativamente. Neste contexto, profissionais de saúde e enfermagem veem aumentando o nível de ansiedade, estresse e outras situações/doenças que comprometem sua saúde mental. O objetivo desse projeto é divulgar amplamente pesquisas científicas, que envolvam a percepção, formação, atuação, saúde mental, capacitação de profissionais, aprendizagem e qualidade de vida da população em geral, advinda de experiências exitosas.

Palavras-chave: Comportamento, Cognição, Atuação, Educação Permanente, Saúde Mental

Integrantes:
Vânia Maria Moraes Ferreira (Coordenadora, Docente – PPG-CdC)
André Ribeiro da Silva (Docente – PPG-CdC)
Jitone Leônidas Soares (Docente – PPG-CdC)
Jônatas de França Barros (Docente – PPG-CdC)
Cristiano Hoppe Navarro (Discente – Doutorado)
Denise Corado de Sousa (Discente – Mestrado)
Gleide Neves da Cruz (Discente – Mestrado)
Silvana Ferreira da Silva (Discente – Mestrado)
Verônica Santos da hora (Discente – Mestrado)

Coordenadora: Maria Ângela Guimarães Feitosa

Descrição: Em 30 de Janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPIIN) em função do vírus SARS-Cov-2. Em 3 de fevereiro de 2020, a OMS declara Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da infecção humana pelo novo Coronovavirus. Simultaneamente, a UnB criou seu Plano de Contingência para Enfrentamento da Pandemia de Covid-19″. Em abri criou seu “Plano de Contingência em Saúde Mental e Apoio Psicosocial”. Pesquisas, artigos e produtos técnicos-tecnológicos são desenvolvidos devido a crise sanitária de repercussão internacional.

Integrantes:
Maria Ângela Guimarães Feitosa (Coordenadora, Docente – PPG-CdC)
André Ribeiro da Silva (Docente – PPG-CdC)
Breno Giovani Adaid Castro (Docente – PPG-CdC)
Cláudio Vaz Torres (Docente – PPG-CdC)
Eileen Pfeiffer Flores (Docente – PPG-CdC)
Laércia Abreu Vasconcelos (Docente – PPG-CdC)
Mauro Dias Silva Júnior (Docente – PPG-CdC)
Rui de Moraes Jr. (Docente – PPG-CdC)
Thiago Gomes Nascimento (Docente – PPG-CdC)
Wânia Cristina de Sousa (Docente – PPG-CdC)

Coordenadora: Luciano Grudtner Buratto

Descrição: Memórias podem sofrer distorções de muitas maneiras. Uma delas envolve aspectos sociais da experiência mnemônica: quando duas pessoas trocam relatos de memória sobre um evento testemunhado por ambas, é possível que suas memórias do evento original sejam modificadas. Esse fenômeno, conhecido como “conformidade de memória” e tem sido objeto de intensa pesquisa nas últimas décadas devido a suas possíveis aplicações jurídicas. O objetivo desse projeto de pesquisa é avaliar dois prováveis fatores capazes de moderar o efeito de conformidade de memória em tarefas de reconhecimento: (i) a percepção da qualidade da memória do interlocutor, (ii) a confiança do interlocutor em sua resposta. Também avaliaremos como diferenças individuais, como tendência a fobia social, podem moderar o efeito de conformidade de memória. Indivíduos com maior tendência a fobia social podem se deixar levar por relatos incorretos do interlocutor por medo de contradizê-lo. Um melhor entendimento sobre esse tema poderá informar teorias de memória e informar a prática forense.

Palavras-chave: conformidade de memória; contágio social da memória; fobia social, confiança nos relatos de memória.

Integrantes: 
Luciano Grüdtner Buratto (Coordenador, Docente – PPG-CdC)
Cintia Batista Lopes (Mestranda – PPG-CdC)